“Mobile learning” e o ensino de biologia celular: como aplicativos abordam o conceito de célula a luz da teoria cognitiva da aprendizagem multimídia

Resumo

Existem diversas áreas da ciência, cujos conceitos abordados são abstratos e complexos, necessitando de significativa versatilidade cognitiva do estudante para compreendê-los, como exemplo, a Biologia Celular. Algumas pesquisas têm apontado o uso de aplicativos em Smartphones como recurso na aprendizagem escolar “Mobile Learning”, mas é possível que na elaboração da proposta, que envolve as multimídias empregadas na tecnologia, possua elementos disformes ao conhecimento científico, havendo necessidade de parâmetros para análise, antes da sua aplicação em sala. A pesquisa teve por objetivo analisar aplicativos em tecnologia móvel que abordem o conceito de célula a partir da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia (TCAM). A TCAM possui princípios multimídias apontando se os elementos presentes no material possuem desvios conceituais e imagéticos, e com isso oportuniza menores riscos da inserção de equívocos nos conteúdos. A abordagem qualitativa, de cunho descritivo, envolveu a análise de quatro aplicativos de dispositivos móveis, cujos resultados apontaram desvios multimídias, com maior presença em relação ao princípio de coerência, redundância e sinalização, havendo “troca” entre o que seria célula e estrutura celular além da falta de narração, configurando uma barreira significativa para a compreensão do conteúdo apresentado. Os aplicativos elaborados ao estudo da célula necessitam de maior atenção, quanto ao emprego de imagens e textos, pois quando não aplicados corretamente podem inferir obstáculos na compreensão do conteúdo.

Palavras-chave: Biologia Celular; Aplicativos Educacionais; TCAM; Multimídia; Ensino de Ciências.